quinta-feira, 6 de outubro de 2011

História dos números


Ao longo de toda historia da humanidade os conceitos de número veio apresentando evoluções e esse conceito tem influenciado diretamente nossa cultura e na nossa linguagem.
Mas o que é que nos fez, criar tão importante conceito?
O sentido do número em sua significação primitiva e no seu papel intuitivo, não se confunde com a capacidade de contar que exige um fenômeno mental mais complicado .O surgimento dos números ocorreu devido a necessidade que o homem tinha de contar e isso desencadeou os primeiros alicerces para o surgimento dos números.


Por volta do ano 4.000 a.C., algumas comunidades primitivas aprenderam a usar ferramentas e armas de bronze. Novas atividades iam surgindo, graças sobretudo ao desenvolvimento do comércio. Com isso algumas pessoas puderam se dedicar a outras atividades, tornando-se artesãos, comerciantes, sacerdotes, administradores. As civilizações convenceram-se que precisavam de algo mais concreto que pudesse ajudar a exprimir e a contar os objetos. Como conseqüência desse desenvolvimento surgiu a escrita. Era o fim da Pré-História e o começo da História.
Assim, foram surgindo diversos sistemas de representação dos números por todo o mundo ao longo dos tempos, sendo os mais antigos que se conheçam os que são oriundos do Egípcio, Suméria e Babilónia.

Foi partindo dessa necessidade imediata que estudiosos do Antigo Egito passaram a representar a quantidade de objetos de uma coleção através de desenhos – os símbolos. A criação dos símbolos foi um passo muito importante para o desenvolvimento da matemática

Há mais ou menos 3.600 anos, o faraó do Egito tinha um súdito chamado Aahmesu, ele quem escreveu o Papiro Ahmes. Este por sua vez era um antigo manual de matemática, que continha 80 problemas todos resolvidos. Não foi difícil aos cientistas compreender o sistema de numeração egípcio. Além disso, a decifração dos hieróglifos – inscrições sagradas das tumbas e monumentos do Egito – no século XVIII também foi muito útil. O sistema de numeração egípcio baseava-se em sete símbolos.



Outro sistema de numeração muito importante foi o da Babilônia, criado aproximadamente 4 mil anos. Essa civilização utilizava um sistema de base 60 em sua contagem. Seus símbolos eram grafados em pedras, cerâmica e em papiro.

Dentre as civilizações mais antigas podemos dizer que os romanos foram os mais importantes. Os romanos não inventaram símbolos novos para representar os números; usaram as próprias letras do alfabeto. sistema de numeração romano baseava-se em sete números-chave: I tinha o valor 1. V valia 5. X representava 10 unidades. L indicava 50 unidades. C valia 100. D valia 500. M valia1.000.

Neste sistema de numeração a posição dos símbolos influenciava no resultado.

Não podemos esquecer os hindus, seus valiosos métodos de cálculos eram fantásticos, e os cálculos eram feitos com apenas nove sinais. A referência a nove, e não dez símbolos, significa que o passo mais importante dado pelos hindus para formar o seu sistema de numeração – a invenção do zero – ainda não tinha chegado ao Ocidente. Esta última evolução no grafismo numérico foi efetivada pelos árabes, quando transcreveram a representação Hindu para os pergaminhos.

No século VIII, os árabes adotaram o sistema Hindu de representação, e quando iniciaram o processo de conquista muçulmana-árabe, difundiram a atual representação numérica (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9) por todo o ocidente. Esta última evolução no grafismo numérico, foi efetivada pelos árabes, quando transcreveram a representação Hindu para os pergaminhos.
Os calculadores faziam seus cálculos em tábuas de poeira (algarismos Ghobar).
A introdução dos algarismos Hindus na Europa, já foi mais complicado, pois, na Idade Média, o povo não tinha acesso à cultura, no entanto o Papa Romano contestava a representação Hindu e a inferiorizava constantemente.
Mas Gebert d'Aurillac, foi precursor, e levou a numeração Hindu para a Europa, e ele foi tão contrariado, que os cristãos o definiam como um ser demoníaco.
Ao descrevermos sobre a escrita numérica, não podíamos de esquecer de ressaltar alguns pensamentos interessantes entre os povos antigos. Alguns, não contavam pessoas, pois seria a mesma coisa que condená-la à morte. Em Uruk(2850 anos a. C.), o casamento era um contrato, cujo 'valor da noiva', era definido e representado na argila. A solidão em antigas tribos, era representada pelo número 1.
Representamos mecanicamente os números e usufruímos dos mesmos constantemente em nosso dia-a-dia. A engenharia, a computação e a mecânica por exemplo, não existiam sem a representação numérica. Como vimos, o tempo para atingirmos a base 10 e a atual representação, foi cerca de 500 anos, no entanto, concluímos, que as descobertas baseiam-se em estudos prévios, atingindo assim, um ponto de equilíbrio, demonstrando o caráter dialético do processo de evolução da história e da humanidade.


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